O candidato presidencial da Renamo, Ossufo Momade, não conseguiu realizar campanha eleitoral em quatro distritos de Manica porque a sua avioneta não foi permitida aterrar em aeródromos locais. O delegado e cabeça-de-lista da Renamo em Manica, Alfredo Magumisse, acusa a empresa pública, Aeroportos de Moçambique, de ter sabotado a campanha de Ossufo Momade por ordens da Frelimo.
“O regime mandou fechar os aeródromos de Machaze, Mossurize, Barué, Manica e Sussundenga com a excepção de Chimoio e Mucombedzi”, disse Magumisse a jornalistas hoje (07 de Outubro) em Chimoio. “Ossufo Momade foi impedido de viajar para todos esses distritos porque a aeronave em que ele e sua comitiva se fazia transportar não foi autorizada a aterrar nas pistas existentes nesses distritos”, explicou.
Ossufo Momade tinha visita agendada para a província de Manica entre os dias 04 e 05 de Outubro mas conseguiu apenas visitar a cidade de Chimoio no dia 5 de Outubro.
O candidato presidencial da Renamo vinha fazendo campanha eleitoral de carro mas de repente mudou e decidiu usar avioneta particular. Alega-se que razões de segurança estão por detrás da decisão de mudar o meio de transporte de carro para avioneta. Manica é um das províncias alvos de ataques atribuídos à Junta Militar da Renamo, que contesta a liderança de Ossufo Momade e exige o adiamento de eleições e renegociação do Acordo de Paz entre o Governo e a Renamo.
Ossufo Momade deslocou-se a Manica, centro do país, depois de ter feito campanha em vários distritos das províncias de Inhambane e Gaza, sul do país (Vide Boletim 64). Em Manica, Ossufo conseguiu fazer campanha apenas na cidade de Chimoio. Simpatizantes da Renamo que aguardavam a chegada do seu candidato em alguns distritos mostraram-se desapontados com o facto, (Vide Boletim 67).
Momade realizou um comício em Chimoio no dia 5 de Outubro, tendo depois rumado para a província de Sofala, onde se encontra trabalhar até aqui.