Uma pessoa morreu baleada e espancada pela Polícia, no Distrito de Nacala-Porto, Nampula, durante a contagem de votos, reportam nossos correspondentes. O caso deu-se na Escola Secundária São Vicente de Paulo, bairro de Ontupaia. Às 19h50 havia disparos de armas de fogo pela Polícia e a população a acender pneus, reportam nossos correspondentes.
No mesmo posto, quatro pessoas foram baleadas nos membros inferiores quando a Polícia tentava dispersar as pessoas aglomeradas.
No geral, a contagem de votos iniciou com tumultos em Nampula e Zambézia, devido à concentração de pessoas nas proximidades de postos de votação para controlar o voto.
No distrito de Angoche, a Polícia disparou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar dezenas de eleitores que pretendiam controlar voto na EPC de Namaripe. Após a votação, eleitores apoiantes da Renamo permaneceram perto do posto de votação.
A confusão começou quando simpatizantes da Renamo suspeitaram que os presidentes de mesas das assembleias de votos estavam munidos de boletins de votos preenchidos a favor da Frelimo. A Polícia não permitiu a revista dos presidentes o que gerou confusão no local. A população nas proximidades do posto de votação aproximou-se do local. Face à eminente confusão, a Polícia disparou 7 tiros ao ar e granadas de a gás lacrimogéneo para dispersar a multidão aglomerada.
No local, três salas de aulas foram incendiadas pela Polícia. Não houve desaparecimento de urnas, reportam os nossos correspondentes.
No distrito de Sussundenga, Manica, a Polícia expulsou eleitores das proximidades do posto de votação da EPC de Munhinga. Tratam-se de simpatizantes do MDM e da Renamo que depois de votar decidiram permanecer no local para evitar enchimento de urnas.
Na Ilha de Moçambique, especificamente no Gulamo, a Polícia disparou três tiros para o ar por volta das 19h00 para dispersar a população que se amotinou no local para assistir a contagem.
No distrito de Namacurra, alguns simpatizantes da Renamo não abandonaram o recinto de votação na Escola Primária Saciana e não havia disparos da Polícia ainda.
No distrito de Morrumbala, três agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), quatro agentes da Polícia de Proteção e seis militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, todos altamente armados, impedem a população de aproximar-se da EPC de Sabe, onde decorre a contagem de votos. Em Sabe existe uma base da Renamo.
Aproximadamente duas dezenas de eleitores aguardam pelos resultados na EPC Sede de Alto-Molocué, Zambézia. No distrito de Vanduzi, um grupo de simpatizantes da Frelimo aguarda pela contagem de votos. Em ambos casos não houve disparos da Polícia.