Henrique Martins foi condenado no dia 17 de Outubro a cinco meses de prisão pelo Tribunal Judicial do distrito de Mutarara, após ter sido dado como culpado em caso de enchimento de urna a favor da Frelimo. Martins havia sido afecto como presidente de mesa de voto na EPC de Mapulango, no posto administrativo de Inhangoma, distrito de Mutarara, Tete.
De acordo com o Tribunal, Henriques deu boletins extras a um eleitor previamente identificado como simpatizante da Frelimo para introduzi-los na urna. Na ocasião, o delegado da Renamo após constatar o sucedido, retirou os boletins das mãos do eleitor e foi submeter uma queixa à Procuradoria distrital.
O réu tem 8 dias para recorrer da sentença e, findo o prazo, será efectivada a sua prisão. Uma fonte do tribunal confidenciou ao Boletim que, neste momento, o visado está a levar a cabo diligências junto de alguns advogados para recorrer da sentença.
No caso estão envolvidos outros quatro MMVs supostamente simpatizantes da Frelimo. Todos foram ouvidos pelo tribunal no dia 17 de Outubro (Vide Boletim 81). Após o julgamento, Claudino Hilário e Tomé Pinacua, ambos da Frelimo, foram absolvidos por insuficiência de provas. Os restantes dois foram chamados para uma nova sessão no Tribunal distrital de Mutarara.