Uma semana após o início do recenseamento eleitoral, o partido Renamo denuncia incompetência e negligência por parte da direção do STAE. A incapacidade do órgão em resolver problemas como o não funcionamento de alguns postos, avaria constante das máquinas (Mobile ID), falta de painéis solares em postos sem acesso a corrente elétrica, levaram o partido a exigir a demissão imediata do seu director.
“Em quase todas as províncias ainda há falta de painéis solares, cabos e inversores”, disse André Magibire, porta-voz do partido durante uma conferência em Imprensa hoje em Maputo.
A Renamo alega que em Cabo Delgado cerca de 27 postos ainda não abriram, apontando caso do distrito de Mocímboa da Praia com seis postos fechados devido aos ataques, 21 no distrito de Chiúre.
A Renamo denunciou ainda que em alguns postos da província de Niassa são registados somente os eleitores cujos documentos são entregues aos brigadistas pelos respectivos secretários do bairro ou líderes comunitários, citando os postos de Nassengenge, Ngongoti, Badarila, Licole, Melania e Mapudje, no distrito de Sanga.
Magibire disse que em Nampula, os eleitores registam-se em casa dos secretários do bairro nos distritos de Mongincual e Mecubure.
Na Zambézia, disse que 40 postos existentes no distrito de Mocuba, apenas 18 estão a registar eleitores. Os restantes ainda não abriram desde o início do processo. Em Morrumbala, os postos localizados nas áreas de Guirita, Chiromo, Binda e Boroma, no posto administrativo de Chire não funcionam por falta de painéis solares.
No distrito de Macanga, em Tete, a Renamo diz que eleitores que se apresentam aos postos com cartões do ano 2014 são proibidos de recensear a mando de líderes comunitários, alegadamente por tratarem-se de cidadãos de nacionalidade malawiana. O mesmo cenário repete-se no posto administrativo de Zambue, Marávia.
Ainda na província de Tete, líderes comunitários proíbem membros do partido Renamo de recensear no posto administrativo de Chizormondo, distrito de Macanga, reportam os fiscais da Renamo, denunciou a Renamo. A esta questão específica, o porta-voz do STAE disse que a Renamo mandou fiscais sem credenciais por isso foram vendados de aceder aos postos.