As brigadas estão a conseguir ultrapassar os problemas à medida que vão dominando os equipamentos. É neste sentido que alguns postos que tiveram problemas com as máquinas ontem, abriram normalmente hoje. São os casos dos postos do Bairro de Ndlavela, na Matola, da Escola Secundária Januário Pedro, Mocímboa da Praia, de Chipambuleque, em Machaze, Manica.
Os técnicos do STAE também ajudaram a resolver problemas dos equipamentos, como sucedeu em Mudissa, Matutuine, na Província de Maputo, na EP1! De Ntamila, Chiconono, Muembe, Niassa.
Os problemas com as impressoras e a falta de energia continuam a principal dificuldade para o fluxo do recenseamento.
Na EP1 de Inhassoro, província de Inhambane, a brigada local estava a recensear as pessoas sem entregar os respectivos cartões de eleitor. Os cartões foram impressos hoje e as pessoas estão a voltar para levantá-los. O mesmo sucedeu na EP1 Samora Machel, Erati, província de Nampula, que as pessoas estavam a ser recenseadas sem poder levantar o cartão de eleitor. Nos postos de EPC Bobe em Magude (Maputo) e PEC Nndango, Chemba (Sofala), as impressoras ainda não funcionavam na manhã de hoje. No posto de Malanga, Distrito de Manjune, no Niassa, não havia toner para a impressora até hoje. Na EP2 Quinta das Laranjeiras, Vanduzi, província de Manica, a impressora avariou esta manhã.
No posto de Matambalale, Mitede, em Muidumbe, Cabo Delgado, quando a impressora avariou esta manhã, os brigadistas arrumaram todos equipamentos e abandonaram o postos, para o espanto dos muitos cidadãos que esperavam pela inscrição. Pouco tempo depois, as pessoas presentes também abandonaram o local e foram às suas machambas.
A energia eléctrica é um elemento chave para o funcionamento dos postos de recenseamento. Foram distribuídos painéis solares para o funcionamentos dos computadores em muitos postos, incluindo na EP2 de Mahoche, Inhassoro e EP2 de Ruralato, Govuro, todos em Inhambane. Mas os painéis faltam em muitos locais onde a falta de carga nas baterias impede o prosseguimento de recenseamento. São os casos de EPC Filipe Samule Magaia, Distrito de Mandimba, no Niassa. Ulondo, Distrito de Zumbo, em Tete; EPC Josina Machel de Marrundo, Distrito de Morrumbala, na Zambézia, EPC de Zimual, Machanga, em Sofala. Este é também um problema resultado do ciclone Idai que afectou o fornecimento de energia eléctrica em algumas áreas de Sofala, incluindo na cidade da Beira, onde a corrente ainda não foi reestabelecida em algumas escolas.
Outro problema reportado pelos nossos correspondentes é a demora no tempo de recenseamento. Segundo nossos correspondentes, nos postos da EPC de T3, Matola, Maputo e da EPC de Ruralato, Govuro, Inhambane, o processo chega a levar 30 minutos para a emissão do cartão do eleitor.
Ataques em Cabo Delgado desencorajam eleitores
Em Lala, Macomia (Cabo Delgado) as pessoas não estão a se deslocar aos postos de recenseamento locais. Até hoje ninguém se recenseou nesta região porque os moradores dispersaram-se devido aos constantes ataques pelos al-shabbab, reportam os nossos correspondentes.
Nem todos devem se recensear
Nos municípios, porque houve recenseamento no ano passado para as eleições autárquicas, quase ninguém está nas filas. Afinal nem todos os moçambicanos devem se recensear este ano. Este recenseamento é simultaneamente de raíz para distritos sem autarquia e actualização, para distritos com autarquias. Significa que nestes distritos só se recenseia quem, por diversas razões, não o fez ano passado.
Mas todos os que têm cartão de 2013/4 devem se recensear de novo este ano. Igualmente, todos os que irão completar 18 anos até 15 de Outubro devem se recensear para votar este ano.