Abdul Carimo disse à imprensa que o não funcionamento dos postos arrolados pela Renamo deve-se à insuficiência de fontes de energias alternativas causada pela maior demanda deste equipamento em zonas afectadas pelo ciclone bem como a dificuldade de movimentação de algumas brigadas por conta da degradação das vias de acesso.
Onda de ataques de jihadistas durante fim-de-semana paralisa recenseamento
Ataques sucessivos que ocorreram de sexta-feira a domingo nos distritos de Macomia e Meluco, em Cabo Delgado, dispersaram as comunidades das aldeias, paralisando o recenseamento eleitoral. Um dos ataques teve como alvo um posto de recenseamento. Os insurgentes vandalizaram equipamento.
No domingo dia 5 de Maio, homens armados invadiram o distrito de Meluco, concretamente a aldeia de Minhanha, mataram três (3) pessoas e queimaram cerca de cem (100). Devido aos ao ataque, desde segunda-feira que cinco (5) postos de recenseamento estão fechados, nomeadamente os postos de recenseamento das aldeias de Iba, Minhanha, Nkoripo, Napire e Iphuho (Thiphili). No distrito de Meluco existem 38 postos de recenseamento.
Na sexta-feira ( dia 3), um posto de recenseamento na localidade de Nacate, distrito de Macomia, foi atacado e os homens armados vandalizaram os equipamentos sem causar vítimas humanas.
Após atacar o posto de recenseamento, os insurgentes invadiram algumas residências de Nacate, mataram pelo menos 6 pessoas e queimaram casas, reportam nossos correspondentes.
Ainda no distrito de Macomia, os insurgentes atacaram as aldeias de Ntapuala e Banga -Velha, matando um professor encontrado a conduzir motorizada e queimaram três (3) cidadãos dentro de casas. E no mesmo sábado passaram pelo distrito de Meluco, nas aldeias de Iba e Ipho, beberam durante noite, enquanto isso as pessoas fugiram daquela localidade.
Comparação de dados do recenseamento eleitoral entre 2014-2019
A Liga das ONGs, JOINT fez uma leitura comparativa da evolução dos dados do recenseamento eleitoral entre as províncias, no período 2014 (eleições gerais), 2018 (eleições autárquicas) e 2019 (eleições gerais e provinciais) e dados agregados de 2018-2019 e mostra como está a ser o desempenho de cada província neste recenseamento, em comparação com os processos anteriores.
Mostra, por exemplo, que a província de Sofala em 2014 ficou em segundo (98.9%), baixou para o quarto lugar em 2018 (95.4%). Na primeira semana de 2019, certamente devido ao ciclone IDAI teve o oitavo lugar (19.1%). Entretanto os dados agregados de 2018-2019, mostram uma melhoria substancial, situando-se actualmente em quinto (61.8%).
Leia todo o estudo comparativo em http://joint.org.mz/public/assets/documentos/dd7c362925ca9007d88ee364df7bd99c.pdf