Desconhecidos incendiaram na madrugada do dia 7 a residência de um membro da Renamo de nome José Luís, no posto administrativo de Inhangoma, distrito de Mutarara, Tete. Na altura do sucedido, o proprietário e a sua família encontravam-se a dormir no interior da casa, tendo sido despertados pelo calor das chamas.
Os vizinhos tentaram socorrer, mas sem sucesso. A residência e os bens no interior da mesma foram reduzidos à cinzas. A família saiu ilesa, apurou o Boletim.
O simpatizante da Renamo acusa seus homólogos da Frelimo de estarem por detrás do incidente por não ter aceite se juntar àquele partido.
Ainda na mesma província, simpatizante da Frelimo foi agredido e amarrado por homólogos da Renamo, no distrito de Chifunde. O episódio deu-se quando a vítima que trajava uma camisete da Frelimo, passou defronte à sede da Renamo, tendo sido acusada de espião da Frelimo. A polícia foi chamada a intervir para repor a ordem.
Partidos denunciam actos de violência em Tete
Os partidos Frelimo, Renamo e MDM dirigiram-se, cada um à Comissão Provincial de Eleições em Tete para denunciar casos de agressão e violência perpetrados por simpatizantes de outros partidos, informou ao Boletim o presidente da CPE, Ussumane Cassamo.
A Renamo acusa membros da Frelimo de terem espancado dois dos seus simpatizantes como forma de intimida-los a abandonar a caça ao voto, sendo um na cidade de Tete e outro no Zumbo. A Frelimo, por sua vez, apresentou à CPE dois casos de espancamento dos seus simpatizantes ocorridos em Moatize, acusando a Renamo de estar por detrás do sucedido. O MDM acusa a Frelimo de ter incendiado a residência do seu vogal no distrito de changara.
Segundo Cassamo, cinco casos de ilícitos eleitorais deram entrada na CPE. Cassamo disse, ainda, que a CPE apela os partidos a não enveredarem pela violência durante a campanha.
Os casos de agressão entre Renamo e Frelimo foram reportados pelo Boletim em edições anteriores.