Simpatizantes da Renamo que faziam campanha foram impedidos de beber água de uma fontenária por simpatizantes da Frelimo alegadamente porque o sistema de abastecimento de água foi construído pela Frelimo. O episódio aconteceu ontem, 10 de Setembro na localidade de Chizapela, distrito de Homíne, Inhambane, Quando os simpatizantes da Renamo que saíam da localidade de Chinjinguirre se aproximaram da fontenária para beber água, um membro da Frelimo supostamente instruído pelos seus superiores trancou a alavanca para impedi-los de ter acesso a água. (CAIXA)
Frelimo obriga funcionários públicos a apoiar a sua campanha
Funcionários do Estado, na sua maioria directores de escolas e professores são obrigados a abandonar seus postos de trabalho para fazer campanha a favor da Frelimo. Salas de aulas vazias, professores à monte e centenas de alunos sem aulas é um retrato do que ocorre um pouco por todo o país, revela um levantamento feito pelo Boletim.
No distrito de Tambara, Manica, no posto administrativo de Sabeta, há 12.5 quilómetros da vila sede, seis escolas primárias completas paralisaram suas aulas para participar de uma reunião de funcionários convocada pelo membro da brigada central da Frelimo, Omar Assane. Segundo apurou o Boletim, 300 alunos não tiveram aulas porque todos os professores abandonaram seus postos de trabalho.
Ainda no mesmo distrito, professores e demais funcionários públicos são obrigados a participar de comícios da Frelimo. Como resultado, algumas das escolas encontram-se encerradas e o posto policial abandonado, apurou o Boletim.
O mesmo sucede no distrito de Machaze, ainda na mesma província, onde os alunos passam maior parte do dia sem aulas por conta da ausência de professores e seus respectivos directores.
No distrito de Manica, professores da Escola Secundária Geral de Chinhamapere, estão a abandonar as aulas para participar na campanha eleitoral a favor do partido Frelimo. Alguns docentes daquele estabelecimento de ensino usam viaturas pessoais com cartazes da Frelimo.
Professores ouvidos pelo CIP, mostram-se indignados pela atitude de alguns dos seus colegas que fazem campanha pela Frelimo no recinto da escola.
No distrito de Inhassunge, Zambézia, professores de diferentes escolas do distrito são obrigados a se juntar ao partido Frelimo para apoiar a actividade de caça ao voto. O mesmo cenário se repete na Escola Secundária de Madvuzi no distrito de Chiuta, Tete.
Em algumas escolas do distrito de Muanza, Sofala, professores e outros funcionários públicos estão envolvidos nas actividades da campanha da Frelimo. O mesmo se repete nos distritos de Cheringoma e Chibava.