Pelo menos 17 delegados de candidatura e um mandatário distrital da Nova Democracia (ND) encontram-se detidos desde 15 de Outubro e o Tribunal Judicial do distrito de Chókwè, Gaza, rejeitou nesta segunda-feira (27 de Outubro) o recurso submetido pela ND para libertá-los. Os delegados foram detidos pela Polícia sob orientação do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) alegadamente porque as credenciais que possuíam eram falsas.
A ND diz que a detenção dos seus membros foi injusta e teve motivações políticas. “Esta é uma prisão política e não por causa do porte de credenciais falsas, porque foi o STAE quem as emitiu”, disse Quitéria Guirengane, mandatária nacional do partido. “E, se por alguma razão as credencias forem falsas, só pode ter sido uma armadilha do próprio STAE para não fiscalizarmos o processo”, acrescentou Guirengane.
Acima de 200 delegados de candidatura do ND devidamente credenciados foram expulsos pela polícia e pelo director do STAE das mesas de voto onde estavam afectos no dia de votação alegadamente por possuírem credenciais falsas.
O STAE emitiu 282 credenciais para os delegados de candidatura do ND no dia 11 de Outubro. “O processo de credenciação em Gaza foi tão difícil que tivemos de solicitar a CNE em Maputo para resolver o assunto”, disse a mandatária nacional do partido. “Só conseguimos levantar as credenciais um dia antes da votação e, estranhamente, o STAE vem dizer que as credenciais eram falsas”, acrescentou.