Ossufo Momade está desde o dia 12 na Zambézia, arrastando multidões em comícios populares. Na província onde a Renamo ganhou as últimas eleições, o candidato presidencial da Renamo tem sido incisivo em crítica à violência eleitoral praticada pela Frelimo, chegando a recordar que “eles já fizeram isso com o presidente Dhlakama”, em referência aos vários atentados à vida que o defunto presidente da Renamo já foi vítima.
“Nós conhecemos o comportamento dos nossos irmãos maldosos de cor vermelha, foram eles que agrediram aquele professor que está hospitalizado em Quelimane”, disse Momade à população de Pebane.
Em Quelimane, Momade visitou o professor Aristides da Conceição que for brutalmente agredido na localidade de Guerrica, distrito de Derre.
Momade escalou os distritos de Milange, Maganja da Costa, Mocubela, Morrumbala e Pebane.
Durante a visita ao distrito de Nicoadala, onde foi recebido pela população local as 14h00 do dia 15 de Setembro de 2019. Primeiramente, o comício do candidato da Renamo estava previsto para o campo dos CFM, entretanto, horas antes este foi ocupado por membros e simpatizantes da Frelimo, o que levou Momade a dirigir um comício na sede do partido.
“Esta postura viola o acordo assinado em Maputo e é uma traição ao partido Renamo”, disse Ossufo a população em referência à ocupação do campo pela Frelimo. Ossufo continua na Zambézia a galgar distrito a distrito, acompanhado pelo popular cabeça-de-lista da Renamo, Manuel Araújo e outros membros seniores da Renamo.
Simango promete distribuição equitativa dos recursos naturais no Niassa
O candidato do MDM à presidente da República, Daviz Simango, deslocou-se à província do Niassa no dia 16 de Setembro de 2019. Em três dias, visitou três distritos, colocando no centro da sua campanha a distribuição equitativa dos recursos à população.
Na província considerada a mais extensa e mais pobre do País, o candidato do MDM foi confrontado com a extrema pobreza que afecta a população local. Simango prometeu que, caso vença as eleições, vai criar uma instituição para lidar com os agricultores daquela província.
“Esta população não pode continuar a sofrer, a viver como estrangeira no seu próprio país. As nossas riquezas têm que servir em primeiro lugar aos moçambicanos”, disse Simago à população de Mecanhelas. “Nós temos muita madeira e nossas crianças sentam-se no chão. Se nós prepararmos aquela madeira e fizermos carteiras as nossas crianças não vão sentar-se no chão e as pessoas também terão emprego”, disse o candidato presidencial do MDM.
Daviz percorreu cerca de 300 quilómetros de carro, de Cuamba até Lichinga onde manteve o contacto com os potenciais eleitores. O seu discurso centrou-se em promover políticas claras para escoar a produção agrícola através das vias de acesso.
Depois de se ter deslocado para Ngauma ontem (17 de Setembro), Simango teve uma paragem em Mandimba, onde pediu que a população local de Mandimba votasse em si. De Mandimba, o líder do MDM fez-se na manhã de hoje (18 de Setembro) ao distrito de Mecanhelas, maior círculo eleitoral de Niassa, onde divulgou o seu manifesto eleitoral e prometeu a população local que, caso vença as eleições, poderá garantir uma distribuição equitativa dos recursos naturais.
Hoje, 18 de Setembro, Simango vai trabalhar na província da Zambézia, tendo como porta de entrada o distrito de Molumbo e vai caçar o votos sucessivamente nos distritos de Milange e Morrumbala.