Uma semana após o começo do recenseamento, 36 dos 46 postos existentes no distrito de Nhamatanda ainda não abriram devido a falta de corrente elétrica. Estima-se que só nestes dias, cerca de 8000 eleitores, na razão de 200 em cada posto, teriam sido registados em localidades como Bebedo, Matenga e Nhampoca, onde há problemas crónicos de energia.
Na sua maioria, os 36 postos encontram-se em localidades que não têm acesso a rede nacional de energia, o que significa que para estes o STAE local deveria ter alocado painéis solares ou geradores como tem sido feito em alguns postos. Contudo, até o momento nenhum dos postos teve acesso a painéis solares nem geradores.
Brigadistas trabalham sem identificação nem uniforme
Muitos brigadistas de recenseamento eleitoral estão a se apresentar aos postos de trabalho sem o uniforme habitual que os identifica. Nossos correspondentes reportam que a situação ocorre em todo o país, revelando uma desorganização que caracterizou a primeira semana de recenseamento. Hoje, ao nono dia do recenseamento, muitos postos ainda não abriram, um pouco por todo o país. Há postos abertos mas sem recenseamento em curso devido a avarias de máquinas e falta de energia eléctrica. O Secretariado Técnico ainda não fez balanço da primeira semana e não respondeu a tempo as nossas questões.
No distrito de Macanga, posto de Cambedza, todos os brigadistas estão a trabalhar hoje sem crachá de identificação nem uniforme, que normalmente são camisetes e bonés. Ainda em Tete, no posto de Chinkuni, distrito de Cahora Bassa, os brigadistas estão uniformizados, mas não possuem nenhuma identificação.
No distrito de Dondo, no posto da EPC 7 de Abril no bairro de Nhamaiabwe e o da Escola Secundária de Dondo, no distrito do Dondo,todos os brigadistas não estão uniformizados.
Na cidade de Maputo, no campus da Universidade Eduardo Mondlane, os brigadistas trabalham sem crachá de identificação nem uniforme. Ainda na cidade de Maputo, o mesmo verifica-se no postos do bairro George Dimitrov (Benfica), n.º 11050, n.º 11040. Também no posto11038 no bairro da Manhuana.
No distrito de Funhalouro, província de Inhambane, no posto de recenseamento da EP2 de Funhalouro Sede, os brigadistas apresentaram-se ao posto sem crachá de identificação nem uniforme. O supervisor daquele posto disse que a situação deve-se ao facto de os brigadistas terem recebido do STAE local apenas uma camisete.
No distrito de Jangamo, província de Inhambane, na EPC de Indudo e no posto de recenseamento número 131, os brigadistas trabalharam, nesta terça-feira, sem crachá de identificação nem uniforme.
No distrito de Mecanhelas, Niassa,os brigadadistas trabalham sem uniforme e sem crachás nos postos de recenseamento número 253 na EPC de Chissaua, 230 na localidade de Insaca e 2292 na localidade de Mutapiri.
No distrito de Mandimba, Niassa, todas as 22 brigadas existentes trabalham sem uniforme desde o início do recenseamento. Este cenário e visível nos postos da EPC de Ngame, EPC Filipe Samuel Magaia, Escola Secundária Samora Machel, Naucheche, Luelele, Mitende, Lissiete.
No distrito de Macomia, Cabo Delgado,verifica-se também a falta de uniformes e identificação por parte dos brigadistas nos postos da EPC de Macomia-sede, Escola Técnica, EPC de Chai-sede, Litamanda e Nabolubo.