Na zona afectada pelo ciclone Idai o recenseamento ainda não iniciou em alguns postos.
“Há postos que ainda não abriram porque as estradas se encontram intransitáveis, o que dificulta a deslocação de algumas brigadas”, disse ao Boletim o director distrital do STAE, Francisco Chindana.
Três tractores e 8 motorizadas foram destacados para tentar transportar material para as localidades de Chicandamina 2, Nhancalaza, Bingue e Luanda onde os postos não abrem desde o início do recenseamento.
Para além destas localidades, ainda não abriu o recenseamento em postos situados nas localidades de Chepamimba, Wiriquinzi e Nhamassindzira, totalizando 6 os postos em que o processo ainda não iniciou. No total o distrito tem 22 postos.
Beira ainda à espera de painéis solares…
O STAE prometeu alocar painéis solares aos postos sem corrente eléctrica, incluindo para a cidade da beira, onde a infraestrutura eléctrica foi destruída pelo ciclone Idai. Uma semana desde o arranque do processo, há pelo menos 10 postos na cidade da Beira que ainda aguardam pelos prometidos painéis solares. Para inciar com o recenseamento. São os casos de EPC Amílcar Cabral, EPC Munhava Central, EPC Munhava Matope, EPC da Chota..
Mesma situação verifica-se distrito de Machaze, Manica, onde os postos da EP1 de Macimbe e da EPC de Mutando, que distam 15 km da vila sede ainda não possuem painéis solares para carregar o material.
Polícia cobra dinheiro para quem quer se recensear em Sussundega
Agentes da Polícia destacados para garantir segurança no posto de recenseamento da EPC Samora Machel, em Sussundega, província de Manica, estão a exigir dinheiro aos cidadãos que chegam ao local para se recensear. Cobram entre 50 a 100 meticais a cada cidadão. As cobranças ilícitas são do conhecimento das autoridades locais e do comando local da Polícia. Não há medida disciplinar/criminal tomada contra estes.
“Muitos têm se queixado sobre as cobranças feitas pelos agentes, mas não temos a quem recorrer”, disse ao Boletim, Lázaro Samuel, secretário do Bairro Samora Machel.
O STAE distrital recusou-se a comentar o assunto, alegando que é da competência da Polícia.
“Se a situação prevalecer, os agentes serão transferidos para uma zona distante do posto”, disse José Manaca, Chefe das Operações da PRM a nível daquele distrito.
Recenseamento? Não! Prioridade é guarnecer gado contra ataques de hienas!
No distrito de Massingir, no posto da EPC de Mavoze, regista-se fraca afluência desde o início do processo porque as pessoas estão ocupadas a guarnecer gado contra as hienas. A população naquele local diz que o seu gado é devorado por hienas provenientes da reserva de Limpopo.
O administrador do distrito deslocou-se ao local na Terça-feira para incentivar e sensibilizar a população a se dirigir aos postos de recenseamento. Na presença do administrador, alguns cidadãos deslocaram-se aos postos locais de recenseamento, mas as máquinas estavam avariadas.