Entretanto, a Renamo ameaçou organizar marcha popular para exigir a prorrogação do prazo do processo de recenseamento eleitoral na província de Nampula, dada fraca cobertura da inscrição aliada às avarias das máquinas.
“Nós queremos que todos sejam recenseados. E digo mais, desde já, nos próximos dias vamos começar a marchar na rua a exigir o recenseamento”, disse Fernando Lavieque, membro da Comissão Política da Renamo residente em Nampula, citado pelo jornal digital Ikweli, baseado em Nampula.
IIícitos eleitorais por detrás da grande afluência em Gaza
A província de Gaza está a liderar o registo de eleitores. A faltar ainda 11 dias para o fim da inscrição, superou as metas em 7% e pode continuar a acrescer. Mas esta afluência é resultado, em parte, de prática de ilícitos eleitorais, segundo expôs a ADS – Associação Desenvolvimento e Sociedade, que integra a plataforma da sociedade civil de observação eleitoral.
A ADS publicou evidências que mostram que na província de Gaza está a recensear menores de idade e estrangeiros. A publicação inclui cópias de documentos, nomeadamente bilhetes de identidade dos menores cujas idades foram adulteradas para permitir sua inscrição. No caso de cidadãos estrangeiros, a ADS publicou cartões de eleitores de alguns cidadãos registados em Chicualacuala e sustenta que são de nacionalidade Zimbabwiana.
Exige-se auditoria independente ao recenseamento
Face as diversas irregularidades que são reportadas no recenseamento eleitoral, o EISA exige uma auditoria independente para corrigir as falhas reportadas antes de prorrogar-se o processo.
“Gostaríamos de sublinhar que uma eventual prorrogação do prazo [do recenseamento], sem que os problemas há muito identificados sejam sanados, seria igual a mais um acto de manipulação do processo, dado o efeito inútil que terá”, refere o EISA na sua última newsletter sobre o recenseamento eleitoral.