Renamo proíbe observadores do CDD e da Igreja Católica de fazer o acompanhamento da sua campanha na província de Inhambane. A denúncia foi feita ao Boletim pelos próprios observadores. Por conta disso, 10 observadores nacionais devidamente credenciados pela Comissão Provincial de Eleições acompanham somente a campanha da Frelimo e MDM. O caso se verifica desde o início da campanha eleitoral.
Os observadores mostram-se preocupados com o comportamento dos membros e simpatizantes da perdiz naquele ponto do país.
“Sempre que estamos a fazer nosso trabalho somos expulsos por membros e simpatizantes da Renamo, alegando que receberam ordens do mandatário provincial para não aceitar a nossa presença”, disse um observador ao Boletim.
Ouvido pelo Boletim, o delegado da Renamo a nível provincial Carlos Maela não confirmou, nem refutou as acusações. Disse que “a Frelimo credenciou muitos jovens, é preciso que eles apresentem-se a nível central para sabermos com quem estamos a lidar”. “São várias organizações credenciadas e não sabemos quais têm observadores não partidários”, acrescentou.
A Renamo não vai parar
Reagindo às declarações feitas no (25 de Setembro) pelo administrador do distrito de Gondola, Moguene Candieiro, quando avançou que, a Frelimo continuará a governar o país a todo custo. “Não vamos entregar o poder”, disse à população Candieiro durante a comemoração do dia das FADM. Entre outras coisas, o administrador ridicularizou os partidos da oposição, chamando-os de pobres e sensibilizou a população para votar na Frelimo.
Por via disso o director da campanha da Renamo, Eduardo Leite, disse que o seu partido não irá parar de fazer campanha no distrito.
“Não vamos ficar intimidados com ameaças, continuaremos a mobilizar o eleitorado para votar na Renamo”, disse Leite. O director da campanha da perdiz apelou ainda a simpatizantes do seu partido a não se deixar intimidar pelas ameaças da Frelimo.
Candieiro pronunciava-se aos pronunciamentos do administrador.