“Assistiu-se a uma violência total caracterizada pelo impedimento e expulsão dos delegados de candidatura e dos MMVs dos partidos da oposição, protagonizada pelos presidentes das mesas de voto com ajuda de agentes da PRM, prisões arbitrárias de delegados de candidatura e de eleitores que tentassem reclamar seja o que fosse”, disse à imprensa hoje o Secretário-geral da Renamo, André Magibire.
“O Partido Frelimo com esta arrogância e prepotência está claramente a demonstrar que não quer paz e, aliás, viola o acordo de paz no artigo 3 sobre não praticar actos de violência e intimidação na prossecução de objectivos políticos”, acrescentou Magibire.
“Houve casos em que os delegados de candidatura da Renamo flagraram presidentes de mesas de voto a entregar 4 ou mais boletins de votos mas ao invés de prenderem aos prevaricadores, foram sendo presos os denunciantes”, referiu ainda Magibire.
Segundo Magibire, Renamo não tem como apresentar evidências da ocorrência de fraudes porque seus delegados não foram permitidos acompanhar o processo em várias mesas.
“Estamos a dizer que muitos delegados e MMVs foram escorraçados das mesas. O que significa que em muitos sítios esta reclamação pode não ser possível”, disse Magibire”.
A “magnitude da fraude” foi tão enorme que que as eleições não podem ser aceites. Devem ser anuladas ou repetidas. “A Renamo se distancia dos resultados que estão sendo anunciados pelos órgãos de comunicação social, por não corresponderem a vontade do eleitorado”, disse o secretário-geral da perdiz.
Respondendo à imprensa, Magibire disse que a Comissão Política da Renamo vai se reunir brevemente para decidir qual será a posição da Renamo caso suas reclamações não sejam atendidas. “Brevemente a Comissão Política vai se reunir para tomar a sua decisão”, disse.