Na cidade de Quelimane (Zambézia), a Polícia disparou tiros ao ar para expulsar eleitores que aguardavam pelos resultados na EPC de Sangariveira. Os eleitores permaneceram no local, montaram barricadas e queimaram pneus para fazer face à intimidação da Polícia. Ainda na Quelimane, os MMVs da EPC de Marracua não publicaram os resultados após a contagem temendo a fúria dos eleitores que aguardavam no local. A votação terminou por volta das 23h. As urnas foram transportadas numa viatura do STAE para Quelimane. Os editais não foram publicados, reportam os nossos correspondentes. Nesta escola estavam inscritos 4800 eleitores.
No distrito de Dondo, Sofala, a Polícia disparou tiros para proteger os MMVs durante a contagem, reportam os nossos correspondentes. O delgado da Renamo exigiu que os editais fossem afixados. Entretanto, o presidente da Mesa recusou-se alegadamente por que aguardava ordens do director do STAE, o que desencadeou uma confusão no interior da mesa. O caso deu-se na EPC Samora Machel, posto administrativo de Mafambisse, com 1272 eleitores inscritos.
Em muitos outros locais não foram publicados editais de apuramento parcial, o que viola a lei. Esta situação torna mais difícil a realização de contagem paralela uma vez que os observadores baseiam-se nos editais de apuramento parcial para fazer a contagem. Nossos correspondentes reportam ainda casos de má conduta na contagem de votos, incluindo casos de urnas não seladas após a contagem de votos.
Na província de Gaza, muitos editais não foram publicados nas Assembleias de voto, mas onde foram publicados mostram que os “eleitores fantasmas” não votaram. Há assembleias de voto com 800 eleitores onde apenas os MMVs e observadores votaram.
Ainda ontem reportamos mais casos de tumultos na Zambézia e Nampula, incluindo uma morte resultado de confrontação entre polícia e eleitores em Nacala.