Três pessoas estão detidas devido a recenseamento irregular. O primeiro caso deu-se no distrito de Nacarôa, Nampula, onde duas (2) pessoas foram neutralizadas na sexta-feira, 24 de Maio, no posto de recenseamento da EPC de Mucuthy, quando tentavam recensear-se usando documentos falsificados.
Um dos detidos chama-se Eugénio Barnabé, apresentou-se ao posto de recenseamento exibindo cédula pessoal passada em nome de outra pessoa (Eugénio Mendes Paulino).
Do segundo detido, conseguimos apurar apenas o primeiro nome (Ivone). Apresentou cédula pessoal com idade falsificada. Sendo mais nova, rasurou a data de nascimento para ter idade eleitoral.
O terceiro detido foi no distrito de Mecanhelas, Niassa. A Polícia deteve uma cidadã de nacionalidade malawiana com cartão eleitoral obtido em Moçambique, disse presidente da Comissão Distrital de Eleições (CDE), disse Jomissone José.
Membro da Renamo condenado por facilitar
recenseamento de estrangeiros
Um membro da Renamo, de nome Paulo Banda, foi condenado no dia 25 de Maio, pelo Tribunal Distrital de Marávia, Tete, por se ter provado que facilitava o recenseamento de cidadãos estrangeiros.
Banda foi condenado a pena de multa de 17 000 meticais, por ter sido provado que facilitou o recenseamento de três cidadãos zambianos no posto de Malowera, na localidade de Nhanseula.
Sobre o mesmo cidadão pesa um outro processo (nº 44/2019) acusado, igualmente, de ter facilitado o recenseamento de outros três cidadãos da mesma nacionalidade, reportam os nossos correspondentes.
O Boletim reportou o caso de 6 cidadãos de nacionalidade zambiana que se recensearam, neste mesmo posto, com recurso a testemunhas locais entre a primeira e segunda semana do recenseamento.
Micheque Wezulu Zulu, vogal da CDE pela Renamo, disse ao Boletim que o tribunal agiu de forma tendenciosa. “A justiça, tal como o governo do Distrito, são do partido Frelimo. Os zambianos já vivem naquele povoado há mais de 5 anos”, disse.
Cerca de 500 famílias reassentados em Sussundenga ainda à espera do recenseamento
Perto de 500 famílias afectadas pelas inundações e pelo ciclone Idai, actualmente acomodadas nos centros de reassentamento de Mageba, Matarara, Nuwawa e Nhanhenba 1 e 2, no posto Administrativo de Dombe, em Sussundenga, ainda aguardam pelo recenseamento.
A população de Dombe denunciou a exclusão do recenseamento à Administradora do Distrito, Rosa Bia Luís, numa visita efectuada àquele posto administrativo ontem, segunda-feira.
O STAE local havia prometido colocar algumas brigadas móveis em alguns centros de reassentamento para registar a população. Entretanto, até o momento, nenhuma medida havia sido tomada pelo órgão.
Ouvido pelo Boletim, o chefe da repartição das operações e organização eleitoral do STAE em Sussundegna, Paulino Pascoal, disse que o sector está a trabalhar para resolver o problema em poucos dias.